segunda-feira, 21 de maio de 2012

Perigo Sombrio - Cárpatos 21, Christine Feehan



''Solange olhou para cima - e acima. Dominic era muito mais alto e maior na vida do que parecia em seus sonhos. Esta não era uma figura obscura, mas um homem real, de carne e sangue diante dela. Era uma figura imponente, seus ombros muito largos, seu peito muito musculoso, quase tudo muito. Seu olhar fixo viajou por seu corpo, observando cada ferida, observando os quadris estreitos, a cintura afilada e as ondulações de músculo sobre a barriga chata. Seus pulmões se recusavam a puxar o ar. Ela literalmente não tinha nenhuma ideia de como reagir. Seu olhar ficou preso na sua boca. Ele tinha uma boca linda, os lábios muito esculpidos. Ela apenas ficou lá, seu coração martelando, sua mente gritando, fitando sua boca, incapaz de afastar o olhar ou ver além do seu rosto. Ela se sentiu pequena e insubstancial perto dele. Ela sentiu-se feminina. Como uma menina. Uma menina jovem e boba que não tinha nenhuma ideia do mundo entre um homem e uma mulher. Estava em total desvantagem.
Ela provavelmente deixaria escapar algo insultante. Ela repelia as pessoas quando se sentia vulnerável, e nunca se sentiu mais vulnerável na sua vida inteira. Este homem podia partir seu coração. Ela sabia que apenas por estar na sua presença, e quando seu coração estava envolvido, ficava mais letal. Suas garras eram venenosas. Podia ser muito mesquinha, capaz de reduzi-lo a pedaços com palavras insultantes. Tinha aperfeiçoado sua atitude sarcástica, sem sentimentos até que fosse uma forma de arte. Ela já o tinha perdido e não abriu a boca. Não podia fazer isto. Ela podia lutar qualquer batalha necessária, passear destemida no coração do campo do inimigo e roubar uma mulher sob o nariz deles para pô-la em liberdade, mas não podia fazer isto. Ela apertou seus lábios com força, as pernas estremecendo, virando geleia, querendo correr. Ela provou o medo na sua boca. Medo. Ela. Solange Sangria, com medo de um homem. Ela detestou a sensação. Solange com um homem. Pela primeira vez na sua vida adulta, estava apavorada. Absolutamente apavorada. Não podia fazer isto. Não podia enfrentar isto - uma pessoa na terra a quem deu sua alma. Ela tinha aberto sua alma, contado cada desejo secreto, cada medo, tudo. As mulheres jaguar eram naturalmente submissas aos seus machos. Lutavam até que o mais forte, o mais agressivo as desafiassem a acasalar com ele, e se submetiam ao macho. Ela estava pré-programada para a dança de luta/submissão entre macho e fêmea, e a aterrorizava. Nunca poderia reconhecer esse lado da sua personalidade. Nunca poderia se submeter, ainda que uma parte dela quisesse, portanto ela a empurrou fundo, submergiu-a totalmente sob a lutadora, oculta de todos os olhos - todos exceto os dele.''

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