sexta-feira, 20 de abril de 2012

Possessão Sombria - Cárpatos 18, Christine Feehan.



''A fúria estalou através dela. Uma fúria que só havia sentido uma vez antes, quando um homem tinha irrompido em seu lar e ameaçado mata-la. Ele jogara-a fora da cama, golpeando-a viciosamente antes que pudesse se defender, atirando-a ao chão e chutando-a. Quando a lâmina da faca entrara na carne, algo selvagem, feio e fora de controle se elevara. Sentira como se seus músculos lhe encolhiam e se atavam e uma força descomunal a tomou. . Neste momento Destiny chegara matara o homem, salvando a vida de MaryAnn e talvez sua alma. Porque fosse o que fosse o que havia em seu interior, assustara-a mais que seu atacante.
MaryAnn era uma mulher que aborrecia a violência e nunca poderia perdoar-se, embora agora
sentisse um indescritível desejo de dar uma bofetada tão forte como pudesse nessa face atraente. Mas se afastou de um salto, ao mesmo tempo em que gritava em sua mente. Colocou cada grama de medo e ódio em suas próprias ações no grito, porque ninguém poderia ouvi-la e ninguém conhecia o terror com o qual vivia, tentando manter adormecida a fera que morava profundamente em seu interior.
- Afaste-te de mim. - Por um terrível momento não soube se estava gritando com Manolito ou com o que vivia dentro dela.
Manolito cambaleou, tropeçando contra o tronco de uma árvore, entre surpreso e sobressaltado. Nunca ninguém o esbofeteara psíquicamente antes, mas era o que fizera sua companheira. E não qualquer bofetada, mas uma o suficientemente forte para lhe derrubar. Ninguém havia se atrevido a lhe tratar dessa maneira em todos os seus séculos de sua existência.
Uma cólera escura o tomou. Ela não tinha nenhum direito de negar ou de desafiá-lo. Tinha direito à distração de seu corpo sempre que desejasse. Ela era dele. Seu corpo era dele. O sangue palpitava e corria através de suas veias. Estava a ponto de explodir. Tinha esperado fielmente por centenas de anos... Mais inclusive... Esta mulher que agora o renegava.
—Poderia fazer com que se arrasta até mim e suplicasse perdão por isso. - Exclamou, os olhos negros ardiam com uma fúria escura, que dizia tudo. Podia sentir a atração para ela, tão forte que não podia evitar o frenesi no qual estava. Sentia-se duro, ardente e louco de desejo... A sensação era pior, muito pior que qualquer fome por alimento. Embebeu-se com sua imagem, por sua beleza. Sua pele era suave ao toque, que lhe doíam os dedos da necessidade de percorrê-la, de deslizar seu corpo sobre o dela. Ela era toda curvas cheias e luxuriosas e uma boca que não podia deixar de olhar, pecaminosa, maliciosa e tão tentadora que seu corpo endureceu dolorosamente. Imaginou seus dedos nela, sua boca, seu corpo o envolvendo firme e ardente, lhe matando de prazer.''

Nenhum comentário:

Postar um comentário