sexta-feira, 13 de abril de 2012

Demônio Sombrio - Cárpatos 16 - Christine Feehan


''O ar carregava eletricidade, rangendo e estalando junto com o trovão vindouro. As formações de nuvens se amontoavam no céu, grandes torres se retorciam para cima. Inconsciente acariciou com o polegar, a fotografia da mulher, como fizera tantas vezes antes. Tinha sonhos, é claro, da perfeita companheira dos Cárpatos. Uma mulher com esta cara, com estes olhos, uma mulher que faria o que ele ordenasse, cuidando de sua felicidade enquanto ele assegurava a dela. A vida seria pacífica, serena e cheia de alegria e acima de tudo, de emoção. Guardou a fotografia, sobre seu coração, onde ela estaria protegida. Poderia mesmo suspirar com arrependimento. Ele não podia sentir arrependimento ou desespero. Só o interminável vazio.
-Tem que parar! - As palavras se formaram em sua mente, num vínculo telepático de inesperada força. - Suas emoções são tão incrivelmente fortes que não posso imaginar como não reconhece que existem. Está-me devastando, me arrancando o coração. Não posso confrontar isto agora. Controle suas emoções ou maldito seja, se afaste de mim!
A voz feminina se formou em sua mente, deslizou-se nela e em seu corpo, invadindo seu coração e apressando-se através de seu sangue com a raivosa força de uma tempestade de fogo. Durante quase dois mil anos tinha existido em sombras de cinza sem sentir nada. Vivera num mundo interminável e rigorosamente ermo sem desejo, raiva ou afeto. Nm momento todo mudou e sua mente era um caos instantâneo.
As cores o cegaram, juntas a uma velocidade que seus olhos e mente não puderam aceitar. Seu estômago se retorceu, enquanto lutava para permanecer alerta, enquanto a terra sob seus pés se inchava e rodava. Uma
comporta se abriu e onde antes não havia nada, agora estava tudo, numa selvagem confusão de cada emoção com sua tremenda força e poder, alimentando o caos.''

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